A Amnistia
Internacional (AI) divulgou o ranking de nações que mais executaram em 2012
Em 2012, pelo menos 682 pessoas foram submetidas a
pena de morte em 21 países, duas a mais do que o registrado em 2011. Entre as
nações que mais executaram estão China, Irã, Iraque, Arábia Saudita, Estados
Unidos e Iémen.
Os dados aparecem no relatório da Amnistia
Internacional sobre sentença de morte e execução, lançado nesta quarta-feira,
10. Apesar da pequena variação, a entidade aponta avanços em direcção ao fim
dessa condenação — em 2003, eram 28 países com pena capital.
O índice de 682 mortes, porém, está subestimado,
porque países como a China dificultam o acesso
aos dados. Levantamento da Amnistia aponta que o país matou mais do que
o resto do mundo. Segundo o documento, 99% de todas as execuções
do Oriente Médio aconteceram no Irã, Iraque, Iêmen e na Arábia Saudita.
No caso do Iraque, o índice de mortes passou de 68, em
2011, para 129. Um grande retrocesso, para a Amnistia, foi a retomada das
execuções em países como Índia, Japão, Paquistão e Gâmbia.
DEMOCRACIA E MORTE
DEMOCRACIA E MORTE
Para Maurício Santoro, assessor de Direitos Humanos da
entidade, os Estados Unidos e o Japão chamam atenção na lista, por serem os
únicos países ricos e democráticos. “A principal causa de execução é o tráfico
de drogas mas, na Arábia Saudita, há casos de pessoas executadas sob acusação
de feitiçaria”, aponta.
Segundo ele, em países do Oriente Médio e na China,
acusados encontram
dificuldade para contestar decisões dos tribunais. “No Iraque, há condenados
por crimes não cometidos, por causa de manipulação política”, ressalta.
Avanços contra a
punição
Avanços foram detectados em Letônia, Benin e Mongólia,
que aboliram a pena de morte ano passado. Por outro lado, a Serra Leoa perdoou
todos os presos que estavam no corredor da morte.
Entetanto, o Vietnã e a Singapura suspenderam as
execuções. Segundo Maurício, quando a entidade iniciou campanha de
conscientização, em 1977, 16 países não aplicavam pena capital. Hoje, são 140.
“Apenas 10% dos países realiza pena de morte”.
Dois brasileiros estão no corredor da morte na
Indonésia, acusados de tráfico de drogas. “O Brasil tem sido activo no combate
a este tipo de sentença”, frisou.
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