Luanda - A menos de sessenta dias para realização das
eleições gerais de em Angola mais um grupo de jovens pretendem sair à rua no
próximo sábado, 14 de Julho.
Fonte: VOA
A manifestação está a ser convocada pelo
movimento juvenil denominado Jovens Unidos da Sociedade Civil. O objectivo é
protestar contra a recandidatura de José Eduardo dos Santos à Presidência da
República nas próximas eleições de 31 de Agosto.
Os organizadores querem também exigir explicações
pelo desaparecimento de Isaías Kassule e Alves Kamulingue, cidadãos supostamente
raptados por elementos afectos às forças da ordem em finais de Maio durante uma
manifestação pública realizada por ex- militares angolanos.
Hugo Kalumbo um dos organizadores e porta-voz do
Grupo diz que a marcha visa por outro lado chamar atenção da comunidade
internacional sobre os vários problemas que se vivem no país, numa altura em que
se preparam as eleições gerais.
A marcha a ter lugar a 14 de Julho a partir das 9
horas da manhã terá início no Distrito Urbano do Sambizanga, no Mercado do São
Paulo, um dos maiores centros de concentração de vendedores ambulantes em Luanda
e termina no Tribunal Constitucional localizado na cidade Alta, imediações da
Presidência da república.
Hugo Kalumbo afirma que os jovens vão à marcha
determinados e preparados para darem as suas vidas por Angola sem temerem
eventuais repressões mas salientou acrescentou que a manifestação será pacífica
e de cariz cristão.
Os Jovens da Sociedade Civil alegam ter cumprido
com todos os pressupostos legais para usufruírem do direito de manifestação
consagrado na Constituição da República.
Recorde-se que a Human Rights Watch instou num
relatório publicado recentemente o governo angolano a pôr imediatamente termo ao
uso da força desnecessária contra manifestantes antigovernamentais pacíficos,
defensores dos direitos humanos, jornalistas e políticos da oposição.
A Human Rights Watch também manifestou a sua
preocupação com o facto dos meios de comunicação estatais parecerem estar a
promover grupos anónimos que incitam à violência contra os manifestantes
antigovernamentais.
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